Pode parecer surpreendente, mas o surgimento de aderências é comum em boa parte das pessoas que realizam algum tipo de cirurgia, na região pélvica ou não. De maneira simples, essas aderências podem ser definidas como faixas anômalas de tecido cicatricial que, em muitos casos, fazem com que os órgãos do local afetado fiquem unidos ou colados uns aos outros. Mas afinal, como as aderências pélvicas podem comprometer a fertilidade?
Aderências pélvicas e fertilidade
Todos os órgãos pélvicos e abdominais, com exceção dos ovários, estão totalmente ou parcialmente protegidos por uma membrana transparente chamada de peritonio. O peritonio, entre outras funções, evita que as aderências aconteçam. Quando a região sofre com algum tipo de trauma, infecção ou cirurgia, o processo de cicatrização pode resultar no aparecimento de aderências.
Apesar de ser uma reação natural do organismo, no caso das mulheres, se esse tecido cicatricial ocorre na região das tubas uterinas, ele pode resultar na sua obstrução ou perda de função, dificultando a fertilização e tornando-se motivo para o casal não conseguir engravidar.
Sintomas e diagnóstico das aderências pélvicas
Na maioria dos casos de obstrução das trompas o principal sintoma é a infertilidade. Porém, em casos mais raros, a aderência pélvica pode causar algumas dores ou incômodos durante a relação sexual, por exemplo.
Sendo assim, o diagnóstico é feito através de exames médicos. Por isso, mulheres com dores na região pélvica e antecedente de cirurgias, infecções abdominais ou ginecológicas podem ser portadoras de aderências.
O diagnóstico de certeza para saber se existe aderências pode ser feito durante um procedimento cirúrgico: laparoscopia. Além disso, exames de tomografia computadorizada, histerossalpingografia e ultra-sonografia transvaginal com preparo intestinal podem levantar essa suspeita. Ao diagnosticar aderências pélvicas, seu médico irá definir qual o melhor tratamento levando em consideração caso a caso.
Fatores de risco
Como já vimos, o aparecimento de aderências, de modo geral, está diretamente relacionado a infecções, cirurgias como cesarianas, miomectomia uterina por exemplo. Porém outros fatores de risco podem contribuir para o surgimento do problema. Pacientes que sofrem com endometriose ou infecções sexualmente transmissíveis (DST) são mais propícias a desenvolver o problema.
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