Teste genético pré-implantacional e Fertilização in Vitro

O tratamento de Fertilização in vitro pode ser acompanhado de técnicas para diminuir as chances de gerar crianças com alterações cromossômicas ou genéticas. É o teste genético pré-implantacional ou PGT. Veja, no texto abaixo as principais informações e curiosidades que você precisa saber sobre esse procedimento.

O que você deve saber sobre teste genético pré-implantação?

A técnica existe desde os anos 1990 e tem evoluído ao longo do tempo. São retiradas algumas células do embrião de forma “micro-cirúrgica” antes da transferência para o útero. Essas células passam por análises que identificam todos os cromossomos ou para o estudo específico de genes relacionados a doenças de caráter hereditário. Portanto o embrião é estudado não apenas do ponto de vista morfológico, mas também sob o ponto de vista genético.

Existem dois tipos básicos de testes genéticos pré-implantacionais:
– Diagnóstico genético pré-implantacional (PGD): quando o casal já carrega consigo alguma anormalidade genética ou cromossômica que pode ser transmitida aos descendentes.
– Rastreamento (“screening”) genético pré-implantacional (PGS): quando não há anormalidade conhecida no casal, mas existe maior risco de anormalidade nos descendentes, normalmente devido a idade materna avançada.

Isso significa que diversas condições como síndrome de Down, fibrose cística, anemia falciforme, distrofia muscular e outras doenças muitas vezes devastadoras podem ser detectadas nesse momento.
A pergunta que naturalmente surge a esse respeito é: “Por que esses testes não são feitos em todos os casos?” Porque nem sempre é necessário! É preciso julgar criteriosamente quando se justifica a injúria do embrião e o custo do procedimento frente ao risco real do casal ter embriões anormais.
Portanto essa discussão se inicia com o aconselhamento do casal. Casais jovens tem baixa probabilidade de gerar embriões com anormalidades nos cromossomos. Não é possível estudar todas as doenças genéticas que acometem o ser humano, mas é possível diagnosticar as doenças genéticas já presentes na família. Então, quando não há antecedentes familiares de doenças genéticas não há benefício com esses procedimentos.

Em que momento o PGT pode ser realizado?

Esse diagnóstico é realizado durante o ciclo de fertilização in vitro, entre o quinto e o sexto dia de vida do embrião. Normalmente, os embriões são congelados logo após a retirada das células para aguardar o resultado da análise. A transferência dos embriões selecionados é feita em outro ciclo menstrual.

Para quem o PGT é indicado?

O PGT é indicado quando a mulher tem idade avançada (38 anos ou mais), naqueles casais com antecedentes de doenças genéticas familiares ou alterações graves no espermograma. Casais que apresentam história de abortos repetitivos e foram excluídas outras possíveis causas das perdas também tem indicação de PGT.

Para saber mais sobre este e outros procedimentos de reprodução assistida acompanhe os outros artigos do nosso blog.

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